Crônicas da vida – O brasileiro que precisou provar que estava vivo

Pronto, já sou um brasileiro devidamente habilitado. Mas me sinto como o brasileiro do título, que por um erro de cartório precisou provar que seu atestado de óbito era um erro. Depois de dirigir por 22 anos, fiz minha prova de direção, fui aprovado e tirei minha primeira habilitação (na jurisdição Pará, é óbvio). Mas depois de tantos anos de prática de direção, ainda perdi um ponto: tive que ultrapassar uma carroça (isso mesmo, uma carroça, nos arredores do Mangueirão, o estádio da cidade. Belém tem disso…) e a monitora disse que eu não sinalizei para voltar. Achei melhor não contestar. Fiz minha baliza e fui pra casa, esperar a carteira chegar. Minha carteira chegou e também um e-mail do Detran do Rio. O processo criado pela minha solicitação de pesquisa de prontuário entrou em estado de arquivamento provisório, aguardando “manifestação do interessado”. Algo me diz que na verdade eles não ficariam satisfeitos de ouvir minha manifestação… Minha carteira vale um ano (é uma primeira habilitação, lembra ?), e se eu não cometer minha infração nesse perí­odo, ano que vem receberei a outra valendo cinco anos. E aí­ entro no ciclo de renovação, como todo brasileiro quarentão… Mas espero que psicotécnico, prova prática e baliza, tenha sido a última vez…

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