Crônicas da vida: A mão e o tempo

Depois que minhas filhas nasceram, elas se tornaram a minha principal marcação do tempo. Em cada fase da vida, o tempo era contado de formas diferentes. Mas depois do nascimento delas, tudo ficou para trás.

Recentemente, especifiquei mais ainda esta forma de passar o tempo. Observei a mão de minha filha.

A mão fofinha, a pele nova, lisa e alva – o alvorecer da vida.

Ato contínuo, olhei para minha mão – a pele manchada, de um jeito engelhado que só a pele da mão consegue ter.

Lembro da mão de meu pai. Pele sobre pele, manchas, mais registros do tempo.

É assim – a mão maior ampara a menor, e depois a mão nova ampara a velha.

É o ciclo da vida.

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