Acordando os animais

E de repente, ele se viu num belo campo gramado, onde um rio pedregoso cruzava a paisagem, e o relevo ondulado completava aquela bela visão. Aquele extenso campo predominantemente plano compunha o campo visual até onde se podia ver. 

Alguns belos animais podiam ser vistos. Eram unicórnios, cavalos, vacas, cabras e até uns outros que ele não conseguia reconhecer. Mas eram belos, e curiosamente todos estavam deitados. Pareciam saudáveis, mas todos estavam prostrados no chão… 

Embora ele não conseguisse ver quem falava, ele ouviu os nomes dos animais. Um chamava-se Paciência, outro Alegria, um outro ainda Tolerância, e assim foi, descobrindo o nome de um por um… 

A voz amiga o disse: esses belos animais são suas virtudes, e estão momentaneamente adormecidas. Suba aquele morro, procure o sinete com os dois badalos dourados, e toque-os. 

Ele foi até o morro próximo, onde havia uma capela, e nela viu o sinete. Estava ali, era fácil de achar, bastava entrar e tocar. E assim ele o fez. E os animais começaram a despertar, como que chamados pelo som do sino. 

Descendo, os animais passaram a acompanhá-lo. E iriam ajudá-lo em todas as empreitadas que estavam no por vir. Sabia que por falha dele, eles poderiam voltar a dormir. Mas sabia também que o sino continuava ali. Acessível. 

E abrindo os olhos, ele estava de volta ao piso lajotado. De volta as paredes e na proximidade do asfalto. Mas algo havia mudado. Agora ele podia contar aos amigos que o sino estava ali. O sino, que por nossa ação, é capaz  de manter os animais acordados.

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